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Sandoval e demais investigados na Operação Ápia ficarão presos por tempo indeterminado q53d

Outros sete presos da operação Ápia também devem continuar na prisão.

Por meio de decisão da 4ª Vara de Palmas (TO), a Justiça Federal decretou a prisão preventiva de oito investigados na Operação Apia, entre eles está o ex-governador do Tocantins, Sandoval Cardoso, que continua preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas. A decisão desta sexta-feira (21) ainda mantém a prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, do empresário Rossine Aires Guimarães.

"O desmantelamento de sistemas de corrupção de tal forma enraizado na istração Pública requer medidas mais drásticas e efetivas para permitir o avanço das investigações com sucesso. Até por isso, não se vislumbra, neste momento, possibilidade de substituição da prisão cautelar por medidas outras diversas da prisão" diz trecho da decisão.

A solicitação da prisão preventiva foi feita pela Polícia Federal (PF) e encaminhada pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal com a alegação de que a medida é "indispensável para a manutenção da ordem econômica e garantia da ordem pública". Com isso, seguem presos: Sandoval Cardoso; Alvicto Ozores Nogueira; Francisco Antelius; Wilmar Oliveira de Bastos; Geraldo Magela Batista; Marcus Vinícius Lima Ribeiro; e Humberto Siqueira Nogueira, sendo que este último havia sido liberado por meio de decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e até a tarde deste sábado (22), após o decreto de sua prisão preventiva, estava sendo procurado pela PF. O fiscal de contratos, Donizete de Oliveira Veloso, continua foragido da Justiça.

A decisão da Justiça Federal foi baseada no inquérito policial que investiga supostas fraudes em licitações públicas de obras de terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais. Os contratos correspondem a R$ 1,2 bilhão e o total desviado dos cofres públicos pode chegar a R$ 200 milhões.

Em outro trecho da decisão que decretou a prisão preventiva dos investigados, o fato de que em apenas oito meses, período da gestão de Sandoval Cardoso como governador do Tocantins, tenham sido liberados mais de R$ 500 milhões do contrato de financiamento das obras, ou seja quase metade do valor total do contrato. "Maior perplexidade há quando se considera que tal período coincide com o período eleitoral das Eleições de 2014", apresenta a decisão. Outro trecho compara que "no governo anterior, em 03 anos e 04 (quatro) meses de gestão, foram efetuados pagamentos e transferências no valor de R$ 456.090.652,46, entre 01.01.2011 e 05.04.2014".